Lixo
um assunto muito frequente, discutidos por muitas pessoas, mas não vemos
ninguém tomar alguma providência, somente a cada dia lixos e mais lixos presentes
em todos os lugares, será que nunca terá solução?
Com
o crescente número da população e com a falta de sensibilidade das pessoas, o
mundo está ficando com montanhas de lixos, isso está ocorrendo por um constante
aumento do consumo e a falta de instrução de como descartar corretamente os
resíduos. Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostra que a quantidade de lixo
recolhido por dia no Brasil é de 228 413,0 toneladas (IBGE, 2000). Muitas pessoas misturam os resíduos na
hora de descartar, fazendo com que dificulte o reaproveitamento dos materiais. A cada ano aumenta o volume de lixo. E de quem
é a culpa? Na realidade a culpa é de todos nós, que sempre estamos ocupados demais
para se importar com o nosso mundo e não prestamos atenção em nossas atitudes,
como por exemplo, jogar um simples papel de bala na rua, pode parecer algo
muito simples sem problema algum, mas causa um grande impacto ao ambiente. É
tempo de parar e refletir sobre nossos atos.
O
lixo é denominado como RSU (Resíduo Sólido Urbano), que é tudo aquilo que
passou por um processo produtivo e que não está sendo mais aproveitado (Maia e
Martos, 1997). São materiais heterogêneos
(inertes, minerais e orgânicos) de origem humana ou da natureza que causa
grandes problemas sanitários, econômicos e estéticos (Ministério da Saúde,
2006).
Existem
muitas definições do que é lixo, Philippi Jr (2005) cita a definição segundo a
Associação de Normas Técnicas (ABNT), resíduos sólidos são: “resíduos no estado
sólido e semissólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial,
doméstica, comercial e agrícola”. Sendo que em todas as definições os resíduos
são citados como subproduto da atividade humana.
O
correto manuseio do lixo é muito importante nas questões ambientais a se
solucionar, pois ocorrendo uma má operação isso traz muito risco à saúde pública
e ao meio ambiente, por causa da falta de tratamento e o local inadequado para
disposição final dos resíduos (Andreoli, 2001).
Os
RSU vêm se tornando cada dia mais um grande problema e muito custoso por causa
da falta de espaço disponível para sua disposição final. São varias as opções para um correto
gerenciamento do lixo: redução da fonte, reutilização, reciclagem, compostagem,
combustão, e a disposição em aterros sanitários (Maia e Martos, 1997).
No
ambiente onde os resíduos estão dispostos é um excelente ambiente para
proliferação de agentes patógenos e microorganismos prejudiciais a saúde
humana, sendo também criadouro e esconderijo de vetores e roedores, causadores
de doenças como, por exemplo: leptospirose, peste bubônica, tifo murino, diarreia
infecciosa, amebíase, salmoneloses, helmintoses como ascardiáse, entre outras
parasitoses como bouba, difteria e tracoma (Ministério da Saúde, 2006).
Aterros
clandestinos tornam-se um grande problema, obstruem córregos e sistemas de
drenagem ocorrendo assim o aumento das enchentes e também a proliferação de
vetores nocivos à saúde (Andreoli, 2001). Sem falar dos impactos ao meio
ambiente como: poluição do solo, lençol freático e águas de superfície (Maia e
Martos, 1997).
Os
resíduos são classificados em muitos tipos, os principais são:
à Resíduo sólido
domiciliar; à
Resíduo sólido industrial;
à Resíduo sólido de serviços de
saúde; à
Resíduo sólido de construção civil.
Sendo independente a origem, os resíduos devem passar por processos
para um correto manejo e destino ambiental e sanitário seguro (Philippi
Jr, 2005).
Os
RSU mais preocupantes e os domésticos, são difíceis de gerenciar por causa da
grande variedade dos materiais e componentes complicando a aplicação de um bom
serviço (Maia e Martos, 1997).
A
coleta seletiva é o recolhimento dos resíduos recicláveis dos orgânicos já
separados para o maior reaproveitamento e reintrodução no ciclo produtivo
(Ministerio da saúde, 2006), nessa coleta os resíduos ficam com a densidade de
cinco vezes menor do que quando misturados. Há diversas iniciativas de
reciclagem que por enquanto é uma pequena quantidade de resíduos tratados
(Philippi Jr, 2005).
O
vidro é 100% reciclável, reciclando o vidro se economiza 603 quilos de areia,
196 quilos de carbonato de sódio, 1963 quilos de calcário e 63 quilos de
feldspato. Os plásticos que são 90% do consumo são divididos em dois grupos: os
termoplásticos e termofixos, reciclando teremos economia de energia e petróleo,
redução do valor do produto e aumento de emprego. Já o papel tem 22 variedades,
sendo separados em grupos, passam pelo processo de hidrocicloneto para retida
dos contaminantes, processados e
voltam para o ciclo produtivo. Os metais são separados em dois grupos: os
ferrosos (ferro e aço) e não ferrosos
(alumínio, cobre, chumbo,
níquel e zinco), o alumínio e 100% reciclável sua
reciclagem traz muitos benefícios ao país e ao meio ambiente por
economizar
matéria prima e
energia. Os entulhos das construções civis, são deparados e
limpos, moídos e são
utilizados como reforço na base da construção e
como tratamento
primário das ruas e estradas, também sendo utilizado como
fabricação de blocos e pré-moldados (Ministério as saúde, 2006) A
matéria
orgânica de origem vegetal ou animal, passa pelo processo de
compostagem,
útil para melhoria física do solo e podendo ser utilizada como
fertilizante. A
reciclagem é uma solução para o problema da grande quantidade de lixo, sendo
que, quase todos os materiais reciclados sempre haverá perdas, não se consegue
reaproveitar 100% do material (Phillipi, 2005).
Qual será o nosso futuro?
O que fazer para termos um ambiente
saudável? Será que um dia isso
muda? Um dia iremos caminhar pelas ruas
é não veremos tanto lixo ao nosso redor?
As pessoas conseguem mudar suas atitudes?
São muitas perguntas, dúvidas,
indagações, mas no momento o que podemos fazer é diminuir o consumo excessivo,
promover uma educação ambiental e conscientizadora. Quem tem acessibilidade
promover debates que conscientizem as pessoas desde o berço a um consumo menos
agressivo e capitalista.
Daqui há alguns anos, muitos de
nós não estaremos mais aqui, mas poderemos deixar registrado algo de bom
para nossa geração filhos, netos... um planeta com um ambiente mais
adequado a vida e mais saudável.
Se tivermos um pouco mais de sensibilidade, diminuiremos o impacto que estamos
causando no nosso planeta, que é a nossa casa, é tão belo e nos oferece
todas as condições necessárias à nossa existência.
Pâmela J. Zermiani Joseph
Referências
-
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/
pnsb/ lixo_coletado/lixo_coletado110.shtm
(acesso em 07/03/2012).
- Resíduos sólidos do saneamento: processamento, reciclagem e deposição final.
Cleverson Vitórino Andreoli, Editora Prosed, Rj , 2001.
- Indicadores ambientais. Nelson Borlina Maia e Henry Lesjak Martos, Editora
Lider Arte, Sorocaba, 19997.
- Resíduos sólidos do saneamento básico: processamento, reciclagem e
decomposição final. Coordenador: Cleverson Vitorio Andreoli, Editora Prosed,
RJ, 2001.
- Saneamento, saúde e ambiente. Arelno
Philippi Jr., Editora manole, Barueri, SP , 2005.